A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou quatro falhas de gestão como causas do acidente que matou um funcionário da Usina Lins em 4 de outubro de 2020, durante serviço de manutenção no setor de fermentação da planta.
Principais conclusões
De acordo com relatório da autarquia, contribuíram para o desastre:
1. documentação insuficiente do projeto;
2. falha na análise de riscos do processo;
3. falta de classificação de área na “dorna volante 1”;
4. deficiências na liberação de trabalho.
O tanque, carregado eletricamente, explodiu enquanto o empregado executava soldagem em uma tubulação de água posicionada sobre o equipamento. O teto cedeu, atingindo o soldador, que morreu no local. Um segundo trabalhador sofreu ferimentos leves.
Recomendações e possíveis sanções
Após a investigação, a ANP emitiu 11 recomendações para todo o setor sucroenergético e duas específicas para a Usina Lins. A agência ainda avalia quais sanções aplicará à empresa.
Impacto na produção
O acidente foi comunicado em 5 de outubro de 2020. As operações ficaram suspensas por dois dias para perícia e retomaram gradualmente, sem prejudicar o abastecimento de etanol, segundo a ANP.
Imagem: Reprodução
Contexto societário
Na época da ocorrência, a Usina Lins integrava o grupo da Usina Batatais, controlado pelos irmãos Bernardo e Lourenço Biagi. Após cisão em 2019, Lourenço assumiu a Usina Lins e Bernardo, a Usina Batatais.
Posicionamento da empresa
Em nota, a Usina Lins informou que ainda não foi oficialmente notificada pela ANP ou pela Justiça e teve conhecimento do relatório por meio do site do governo federal. A companhia declarou ter prestado apoio à família da vítima, colaborado com as autoridades e adotado medidas adicionais de segurança e governança. A empresa afirmou que só se manifestará tecnicamente sobre o conteúdo após acesso integral ao documento.
Com informações de Globo Rural