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Arrecadação de prêmios do seguro rural recua 17% entre janeiro e julho

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A arrecadação de prêmios do seguro rural no Brasil somou R$ 2,3 bilhões entre janeiro e julho deste ano, valor 17% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg).

O ritmo menor de contratação afeta tanto as apólices subvencionadas pelo governo quanto as operações sem subsídio. De acordo com Glaucio Toyama, presidente da Comissão de Seguro Rural da Fenseg, produtores com maior capital ainda conseguem comprar cobertura sem ajuda oficial, mas o encarecimento do crédito e dos juros limita essa alternativa. “O produtor mais vulnerável acaba não contratando, e isso prejudica a permanência das pessoas no campo”, afirmou.

A Fenseg projeta que, considerando apenas contratos sem subvenção, cerca de 5 milhões de hectares deverão estar segurados no país em 2025.

Pagamento da subvenção em atraso

As seguradoras relatam atraso no repasse federal dos valores devidos às apólices já emitidas. Entre janeiro e agora, a dívida chega a R$ 434 milhões. Toyama alerta que mais de 90% do montante previsto para 2025 ainda não foi quitado, repetindo cenário observado em 2024.

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Impacto no mercado

Pedro Loyola, coordenador do Observatório do Seguro Rural do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), calcula que as vendas de seguros rurais caíram, em média, 40% em diversas companhias. Segundo ele, a instabilidade afasta resseguradoras e investidores estrangeiros, além de pressionar corretores e peritos a deixar o setor.

Com o recuo da arrecadação e o atraso nos pagamentos governamentais, as seguradoras mantém a oferta de apólices, mas em ritmo mais lento, à espera de maior previsibilidade no fluxo de recursos.

Com informações de globo rural

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