A cotação da arroba do boi gordo fechou a terça-feira (2) em média de R$ 322,50 na praça de referência de São Paulo, segundo o Indicador do Boi Datagro. Foi o terceiro pregão consecutivo de alta, movimento também observado em Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins.
Para a analista de mercado Beatriz Biancchi, da Datagro, o cenário aponta para estabilidade de preços mesmo diante de elevada oferta de animais. Dados preliminares do IBGE reforçam a avaliação: de janeiro a setembro foram abatidas mais de 31,5 milhões de cabeças, com produção superior a 8 milhões de toneladas de carne bovina, ambos em patamares recordes.
Biancchi lembra que, com o início da estação de monta em novembro, as matrizes tendem a deixar a linha de abate, embora ainda haja grande volume de animais disponíveis. Irregularidade das chuvas em regiões produtoras também contribui para alongar as escalas, que em São Paulo alcançaram cerca de 14 dias corridos.
A analista acrescenta que muitos bois permanecem confinados nesta época do ano. Em dezembro, o consumo interno costuma ganhar força com o pagamento do 13º salário e outras bonificações, tradicionalmente elevando a demanda por carne bovina.
Exportações em ritmo acelerado
Na frente externa, a carne bovina brasileira segue com desempenho positivo. Nos primeiros 14 dias úteis do mês, as vendas de carne fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 1,308 bilhão, média diária de US$ 93,437 milhões, conforme dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
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O volume embarcado totalizou 238,219 mil toneladas, média diária de 17,015 mil toneladas, com preço médio de US$ 5.491,20 por tonelada. Frente ao mesmo intervalo de novembro de 2024, houve alta de 59,7% na receita média diária, crescimento de 41,7% no volume diário e incremento de 12,7% no preço médio.
A Secex deve divulgar nesta semana o resultado fechado do mês, que, segundo a Datagro, pode consolidar mais um recorde para as exportações de carne bovina.
Com informações de Canal Rural