São Paulo – A permanência de restrições à carne de frango do Brasil por parte de dez mercados, entre eles China e União Europeia, é injustificada, declarou o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, nesta quarta-feira (20/8).
Os embargos foram adotados em maio, depois que um foco de influenza aviária foi confirmado em uma granja comercial de Montenegro (RS). Mais de 100 países suspenderam total ou parcialmente as compras, mas a maioria já voltou a importar após o Brasil ser considerado livre da enfermidade em plantas industriais desde o fim de junho.
Uma missão do Chile esteve no país esta semana e comunicou às autoridades brasileiras que deve retomar as importações em breve, segundo Santin. “Existe risco zero de contaminação pela exportação de carne. Países estão perdendo dinheiro e o alimento fica mais caro para os mais pobres”, afirmou.
De acordo com o dirigente, inspeções oficiais asseguram que o consumo do produto cozido não transmite o vírus. Ele defendeu a revisão de protocolos globais sobre influenza aviária e lembrou que Estados Unidos e Europa ainda registram surtos, mas seguem vendendo.

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A ABPA projeta queda de até 2 % nas exportações brasileiras de frango em 2025, para aproximadamente 5,2 milhões de toneladas – recuo considerado “uma grande vitória”, pois o surto foi rapidamente controlado. No acumulado até julho, os embarques somaram 3 milhões de toneladas, baixa de 1,7 % ante o mesmo período de 2024, enquanto a receita avançou 1,5 %, alcançando US$ 5,609 bilhões.
Com informações de Globo Rural
