A bananeira, presença frequente em propriedades agrícolas de todo o país, não se enquadra na categoria de árvore. De acordo com o biólogo Vinícius Resende Bueno, pós-doutorando em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o vegetal pertence ao grupo das plantas herbáceas de grande porte.
O que costuma ser confundido com caule é, na verdade, um pseudocaule. “Esse pseudocaule resulta do agrupamento de bainhas foliares que se sobrepõem, dando a impressão de um tronco firme”, explica Bueno.
Estrutura subterrânea
O caule verdadeiro da bananeira fica abaixo do solo e é classificado como rizoma, estrutura que também aparece em espécies como gengibre, samambaias, orquídeas e algumas gramíneas. Esse rizoma, sem tecido lenhoso, liga raízes e folhas e cumpre a condução de água e nutrientes.
Erva x árvore
A principal diferença entre ervas e árvores está na presença de madeira. Enquanto árvores formam troncos lenhosos, responsáveis pela rigidez e longevidade, ervas apresentam tecidos mais macios. Mesmo sendo perene, a bananeira precisa ser renovada: após a frutificação, o pseudocaule morre e um novo broto emerge do rizoma.
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Impacto no manejo
No campo, essa característica exige cuidados. O pseudocaule, por não ser lenhoso, é mais vulnerável a ventos fortes e rupturas. Durante a colheita, a falta de resistência torna o manuseio mais delicado, demandando técnicas específicas para evitar danos à planta e ao cacho de bananas.
Com informações de Globo Rural
