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Cade deve aprovar fusão entre Marfrig e BRF sem restrições, indicam bastidores

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá julgar na próxima semana se a união entre Marfrig e BRF cria problemas concorrenciais. Informações apuradas indicam que o órgão tende a liberar a operação sem impor condicionantes.

A discussão começou depois que a Superintendência-Geral aprovou o negócio em rito sumário. A Minerva recorreu e questionou a participação societária do Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic) — acionista minoritário tanto da Minerva quanto da BRF, que passará a ser subsidiária integral da Marfrig.

No fim de julho, o presidente interino do Cade, Gustavo Augusto Lima, avaliou que o investimento do fundo saudita poderia facilitar alinhamento de interesses e troca de informações entre concorrentes, reduzindo rivalidade no mercado de carne bovina in natura. Ele defendeu que o processo seguisse o rito ordinário, que exige documentos adicionais.

Em julgamento virtual realizado no fim de semana, quatro conselheiros — Victor Fernandes, Diogo Thomsom, José Levi e Carlos Jacques — votaram para manter o procedimento sumário. Com a maioria contrária, Lima retirou o caso da pauta e transferiu a análise para sessão presencial.

Nos bastidores, conselheiros avaliam que se trata de uma reorganização societária interna ao grupo Marfrig, situação que, segundo o voto de Fernandes, nem exigiria notificação obrigatória. Ainda assim, há possibilidade de algum conselheiro propor medidas específicas sobre a participação da Salic.

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Cade deve aprovar fusão entre Marfrig e BRF sem restrições, indicam bastidores - Imagem do artigo original

Imagem: Marfrig e BRF via globorural.globo.com

O fundo saudita afirmou, por meio de advogados, que possui apenas participação minoritária e sem direitos políticos na Minerva e na BRF, não tendo influência sobre a gestão ou estratégias das empresas. Marfrig e BRF declararam nos autos que o questionamento da Minerva tem caráter anticompetitivo e parte de uma empresa que detém posição dominante no abate de bovinos.

As companhias não se manifestaram publicamente sobre o andamento do processo.

Com informações de Globo Rural

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