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Café lidera alta de commodities em agosto na bolsa de Nova York

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O café foi a commodity agrícola com maior valorização nas bolsas internacionais em agosto. Na bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos de segunda posição subiram 13,94% em relação à média de julho, alcançando preço médio mensal de US$ 3,3328 por libra-peso, segundo levantamento do Valor Data.

No pregão de 29 de agosto, o contrato encerrou a sessão cotado a US$ 3,8610, alta de 33,74% frente aos US$ 2,8870 registrados no fim de julho.

Fatores que impulsionaram o café

Analistas atribuem o salto nas cotações a três fatores:

• Produção menor no Brasil — a colheita da safra 2025/26 terminou em agosto com rendimento abaixo do esperado. A consultoria StoneX reduziu de 38,7 milhões para 36,5 milhões de sacas a projeção para o arábica, corte de 5,7% em relação a abril.

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• Geadas no Cerrado Mineiro — o frio de julho, embora menos severo que em 2021, causou redução de 5,6% no potencial produtivo da safra 2026/27, aumentando a preocupação com a oferta futura.

• Tarifas dos Estados Unidos — a sobretaxa de 50% sobre uma lista de produtos brasileiros, em vigor desde agosto, ameaça as exportações de café ao mercado americano e pressiona ainda mais os estoques nos EUA.

Desempenho de outras commodities

Suco de laranja: queda de 12,8% em Nova York, para média de US$ 2,4393 por libra-peso. Sem a influência de tarifas, o mercado se concentrou na boa safra brasileira 2025/26, que deve recompor estoques após cinco anos de baixa.

Cacau: alta de 2,4%, com preço médio de US$ 7.977 por tonelada, sustentada por chuvas irregulares no oeste da África.

Açúcar: avanço tímido de 0,19%, a 17,06 centavos de dólar por libra-peso.

Algodão: recuo de 0,95%, para 67,19 centavos de dólar por libra-peso.

Bolsas de Chicago

Trigo: queda de 4,4%, negociado em média a US$ 5,2988 por bushel. A colheita nos EUA avança, enquanto a Rússia projeta safra superior à do ano passado e estoque exportável de 45 milhões de toneladas.

Milho: baixa de 1,5%, para US$ 4,0621 por bushel. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) elevou a estimativa de produção do país para recorde de 425,26 milhões de toneladas.

Soja: leve alta de 0,86%, cotada em média a US$ 10,1785 por bushel. O USDA reduziu a previsão da safra norte-americana para 116,82 milhões de toneladas, ante 119 milhões estimadas anteriormente.

As oscilações refletem o balanço entre oferta, condições climáticas e fatores geopolíticos que dominaram o mercado agrícola internacional ao longo de agosto.

Com informações de Globo Rural

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