A comercialização de soja no Brasil avançou de forma tímida nesta semana, em meio a pequenas oscilações de preço e à manutenção de prêmios de exportação. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a combinação de alta nos contratos futuros em Chicago com a desvalorização do dólar ante o real não foi suficiente para reduzir a distância entre as bases de compra e venda, o que manteve os produtores cautelosos e retendo oferta.
Mercado interno
No mercado físico, os valores da saca de 60 quilos variaram pouco:
- Passo Fundo (RS): queda de R$ 136,00 para R$ 135,00;
- Cascavel (PR): alta de R$ 135,00 para R$ 136,00;
- Rondonópolis (MT): aumento de R$ 125,00 para R$ 127,00;
- Porto de Paranaguá (PR): estabilidade em R$ 142,00.
Chicago e cenário externo
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o contrato janeiro subiu 2,95% na semana e encerrou a sexta-feira (14) a US$ 11,50 por bushel. O fim do “shutdown” do governo dos Estados Unidos reduziu a aversão ao risco nos mercados e favoreceu a busca por commodities.
Com a reabertura, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) volta a publicar o relatório de oferta e demanda de novembro e deve liberar, de forma gradativa, os dados de vendas diárias de exportadores privados e os números semanais de exportação retidos durante a paralisação.
Investidores monitoram ainda o comportamento da China, principal importadora global da oleaginosa, após acordo com Washington para a compra de 12 milhões de toneladas de soja norte-americana. Persistem dúvidas sobre o ritmo e o cumprimento desse compromisso.
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Nova estimativa da Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou a projeção da safra brasileira 2025/26 para 177,601 milhões de toneladas, aumento de 3,6% em comparação às 171,48 milhões de toneladas da temporada anterior. O volume, porém, fica ligeiramente abaixo da estimativa divulgada anteriormente, de 177,638 milhões de toneladas.
Segundo o órgão, o plantio permanece dentro da média dos últimos cinco anos, mas apresenta atraso em relação ao ciclo passado, sobretudo em Goiás e Minas Gerais, onde a falta de chuvas tem limitado o avanço da semeadura.
Com informações de Canal Rural
