Em dezembro de 1987, a revista Globo Rural noticiou uma ação inédita em Cruz Alta, no noroeste do Rio Grande do Sul, com foco na conservação do solo para aumentar a produtividade da soja.
Naquele ano, o estado detinha a maior área plantada de soja do país — 3,2 milhões de hectares —, mas ocupava apenas a oitava posição em rendimento, com 1.583 quilos por hectare.
Para mudar o cenário, o Conselho de Desenvolvimento de Cruz Alta (Condecruz) articulou uma rede de mais de 2 000 agrônomos e técnicos agrícolas. A estratégia incluiu a veiculação de filmes publicitários em horários nobres da TV, que, ao longo da safra, orientavam os produtores sobre etapas como análise de solo, calagem, adubação e colheita.
Conhecido como “homem da soja” em Cruz Alta, o agrônomo Luiz Bonetti atribuía a baixa produtividade gaúcha à má conservação do solo. “A gente pensa basicamente em levar para o homem do campo toda a tecnologia de manejo que temos, centrando mais o fogo na conservação do solo”, declarou à época.

Imagem: Globo Rural
A campanha reforçava práticas como rotação de culturas, inoculação de sementes, uso de insumos biológicos e cobertura do solo — recomendações que a própria Globo Rural também apresentava aos leitores há 38 anos.
Com informações de Globo Rural
