A base de participantes dos consórcios voltados à compra de máquinas agrícolas saltou de 184,79 mil, em 2020, para 460,12 mil em 2025, avanço de 149%, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
De acordo com a entidade, o mecanismo tem se consolidado como opção de planejamento financeiro para produtores rurais e empresas do setor, refletindo maior confiança e credibilidade na modalidade.
Valores de crédito e cotas
Os grupos de consórcio oferecem créditos que variam de R$ 126,26 mil a R$ 1 milhão, com valor médio de aquisição na faixa de R$ 565,27 mil. As vendas de cotas saíram de 32,27 mil em 2020 para 68,05 mil em 2025.
Entre janeiro e agosto deste ano, o montante movimentado na venda de cotas somou R$ 17,11 bilhões, alta de 13,7% sobre igual período de 2024, quando o volume foi de R$ 15,05 bilhões.
Distribuição regional
No acumulado dos oito primeiros meses de 2025, o Centro-Oeste respondeu por 36% das cotas vendidas, seguido por Sudeste (25,6%), Sul (19,9%), Norte (10,6%) e Nordeste (7,9%).
Perfil dos consorciados
A pesquisa mostra que 67% dos participantes ativos são pessoas físicas e 33% pessoas jurídicas. A maioria (58%) ingressou nos grupos por meio de parceiros comerciais; os demais foram atendidos diretamente por profissionais de vendas (42%).
Imagem: Wenders Araujo
Os consorciados atuam em propriedades que vão de 50 a mais de 300 hectares e utilizam principalmente máquinas a combustão. Do total, 90% estão ligados ao setor agrícola, com destaque para soja (70%), milho (20%) e arroz (10%); os 10% restantes atuam na pecuária.
A Abac observa que, desde o período pós-pandemia, o consórcio tem ganhado espaço nos planejamentos agrícola e pecuário, contribuindo para a redução de despesas e para o incremento da rentabilidade no campo.
Com informações de Globo Rural