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COP30 coloca Brasil no foco da segurança alimentar global frente ao clima

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Um levantamento da consultoria norte-americana McKinsey indica que, até 2030, a probabilidade de colapso simultâneo nas principais zonas agrícolas do planeta pode dobrar. O alerta chega às vésperas da COP30, conferência do clima que será realizada em 2025 em Belém (PA), colocando o Brasil — grande produtor de alimentos e sede do encontro — no centro do debate sobre abastecimento mundial.

Segundo o estudo, cerca de 60% da produção global de arroz, milho, trigo e soja está concentrada em cinco países: China, Estados Unidos, Índia, Brasil e Argentina. Esse grau de dependência faz com que secas, enchentes ou ondas de calor em qualquer um desses locais provoquem impacto imediato nos preços e na oferta de alimentos.

A McKinsey calcula que, aquilo que antes era considerado um evento de quebra de safra conjunta a cada cem anos, pode passar a ocorrer a cada cinquenta anos — ou até menos. Nessas situações, o custo dos alimentos pode duplicar em poucos meses.

Brasil é parte do risco e da solução

Dentro desse grupo de grandes produtores, o Brasil tem papel estratégico. Apenas o estado do Mato Grosso responde por aproximadamente 8% do milho e 30% da soja comercializados no mundo. Caso adversidades climáticas atinjam a região, consumidores de todos os continentes sentiriam os reflexos.

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Por outro lado, o país reúne fatores que podem reforçar a resiliência do sistema alimentar mundial: solos férteis, oferta significativa de água e diversidade climática. A recente identificação do Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), considerada a maior reserva de água doce do planeta, amplia essa responsabilidade.

Oportunidades na COP30

A conferência em Belém será vitrine para o Brasil apresentar iniciativas que aliem produção e preservação ambiental. Especialistas destacam a necessidade de investimentos em produtividade, irrigação de precisão, seguros rurais e linhas de crédito verde para tornar a agricultura mais resistente às variações climáticas.

O desafio, apontam analistas, é transformar esse potencial em ações concretas que protejam o abastecimento global diante de um cenário climático cada vez mais instável.

Com informações de Canal Rural

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