A forte dependência do Brasil de insumos importados para adubar lavouras – mais de 70% do total utilizado no país – foi classificada como “vulnerabilidade estratégica” pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP). Em artigo recente, o parlamentar defendeu a ampliação da mineração de potássio e fosfato em território nacional como forma de garantir a segurança alimentar e reduzir a exposição do agronegócio às oscilações do mercado internacional.
Segundo Jardim, o Brasil possui algumas das maiores reservas mundiais desses dois elementos básicos na formulação de fertilizantes. O legislador argumenta que explorar essas jazidas, sob critérios rigorosos de sustentabilidade, criaria uma cadeia produtiva interna capaz de gerar emprego, poupar divisas e proteger produtores rurais de crises como a provocada pela guerra na Ucrânia, país que figura entre os principais fornecedores do insumo.
Marco regulatório ambiental
O deputado destacou ainda a aprovação da Lei do Licenciamento Ambiental, que estabelece prazos e etapas mais definidos para analisar projetos, inclusive minerários. Para ele, a nova norma garante previsibilidade e celeridade sem abandonar o rigor técnico, condição considerada essencial para destravar investimentos no setor.
Agenda parlamentar
Presidente da Comissão Especial de Transição Energética e vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Jardim também integra a Frente Parlamentar da Mineração Sustentável. O grupo, afirma, trabalha pela modernização das regras do segmento, incentivo à inovação tecnológica e recuperação de áreas degradadas, com o objetivo de alinhar desenvolvimento econômico e proteção ambiental.
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Ao defender a mineração de fertilizantes como “questão de segurança nacional”, o deputado sustenta que o incremento da produção doméstica daria ao agronegócio autonomia inédita e fortaleceria a posição do Brasil como grande fornecedor global de alimentos.
Com informações de Canal Rural
