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Países se dividem na disputa pelo comando do IICA para o período 2026-2030

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A escolha do novo diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para o quadriênio 2026-2030 provocou divisão entre os 32 países com direito a voto. A eleição ocorrerá na próxima terça-feira, 4 de novembro, durante a Conferência dos Ministros da Agricultura das Américas, em Brasília.

Candidatos em campo

Disputam o cargo o uruguaio Fernando Mattos e o guianense Muhammad Ibrahim. A hondurenha Laura Suazo retirou sua candidatura na segunda-feira, 27 de outubro.

Apoios regionais

O Brasil ainda não formalizou posição, mas o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou apoio a Mattos, defendendo a escolha de um nome do Mercosul. A indicação do uruguaio também foi aprovada pelo Conselho Agropecuário do Sul (CAS) em fevereiro.

No bloco, porém, não há consenso. O Paraguai já anunciou voto em Ibrahim, que conta ainda com o respaldo dos 14 países da Comunidade do Caribe (Caricom), do México e recebeu sinalizações de apoio de Equador e Peru. Para vencer, são necessários 17 votos.

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A Argentina não se pronunciou oficialmente. Integrantes das negociações afirmam que Buenos Aires tende a apoiar Mattos, mas poderia acompanhar os Estados Unidos, que manifestaram intenção de votar em Ibrahim no dia 30 de outubro, por meio do Foreign Agricultural Service (FAS).

Perfis dos concorrentes

Fernando Mattos, engenheiro agrônomo formado no Rio Grande do Sul e ex-ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, possui dupla nacionalidade. Ele promete tornar o IICA mais acessível, menos burocrático e quadruplicar os recursos aplicados anualmente em projetos, alcançando US$ 1 bilhão.

Muhammad Ibrahim, engenheiro agrônomo pela Universidade de Guiana e doutor em Ciências Agrícolas e Ambientais, dirigiu o Centro Agronômico Tropical de Pesquisa e Ensino (Catie), na Costa Rica, e já integrou o IICA. Nas redes sociais, afirma ter o apoio de 25 países.

Importância do IICA

Fundado há 83 anos e sediado em San José, Costa Rica, o IICA atua em tecnologia agrícola, sanidade, comércio e agricultura familiar, entre outras áreas. O orçamento anual é de US$ 33 milhões, mantido por contribuições dos 34 membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) — apenas Nicarágua e Venezuela não votam. A carteira atual de projetos soma US$ 1 bilhão, com execução anual de cerca de US$ 250 milhões; para 2025, a captação prevista é recorde, chegando a US$ 400 milhões.

O novo diretor-geral será escolhido por votação secreta. Observadores não descartam surpresas de última hora no pleito marcado para a capital brasileira.

Com informações de Globo Rural

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