A Embrapa encerrou, na Mata Atlântica, a última etapa do circuito Diálogos pelo Clima, série de encontros que percorreu os seis biomas brasileiros reunindo pesquisadores, produtores, organizações da sociedade civil e representantes do setor produtivo. O objetivo foi captar experiências locais e integrá-las a estratégias globais de enfrentamento às mudanças climáticas.
Ao comentar a iniciativa, a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, ressaltou que as caravanas evidenciaram “a diversidade de demandas de cada bioma” e, ao mesmo tempo, a busca comum por “uma agricultura mais resiliente”. Entre os temas discutidos, estiveram manejo sustentável, uso de material genético tolerante a estresse hídrico e controle de doenças.
Com as informações coletadas, a estatal prepara um documento estratégico que será encaminhado à organização da COP30, conferência da ONU sobre clima marcada para novembro, em Belém (PA). O texto deve reunir propostas e resultados que apontem o papel da agricultura brasileira na mitigação dos impactos climáticos e na produção sustentável.
Políticas públicas em evolução
Massruhá lembrou que políticas iniciadas há anos, como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), avançam agora para novas versões, como o Zarc Níveis de Manejo, que incentiva práticas sustentáveis no campo. Segundo ela, a jornada inclui desde a recuperação de pastagens degradadas até mecanismos de pagamento por serviços ambientais e mercado de carbono.
Exemplos para a AgriZone
Chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Walkymário Lemos adiantou que experiências de agricultura e pecuária regenerativas serão apresentadas durante a COP30, na AgriZone, espaço dedicado à agricultura sustentável brasileira. Entre os destaques estão cultivos biofortificados, sistemas integração lavoura-pecuária-floresta e propostas para restaurar áreas degradadas com arranjos agroflorestais adaptados a diferentes regiões.
Imagem: Canal Rural
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O presidente do Canal Rural, Julio Cargnino, afirmou que a emissora acompanha o projeto desde a primeira etapa e seguirá ao lado da Embrapa em Belém. “Estamos nos preparando para, a partir de 10 de novembro, estarmos juntos com a Embrapa e com as entidades do setor na AgriZone”, declarou.
Com o fim do circuito, a Embrapa consolida os aprendizados obtidos em todas as regiões e reforça o compromisso de levar ciência, inovação e sustentabilidade ao debate climático internacional na COP30.
Com informações de Canal Rural