A 46ª edição da Expointer encerrou-se neste domingo (7/9) com R$ 4,415 bilhões em volume de negócios, resultado 45,5% inferior aos R$ 8,1 bilhões alcançados em 2024.
Máquinas concentram maior retração
O setor de máquinas e implementos agrícolas foi o mais afetado: as vendas despencaram de R$ 7,393 bilhões para R$ 3,777 bilhões, redução próxima de 49%. O segmento de insumos, que havia somado R$ 36,7 milhões no ano passado, não apresentou dados de comercialização em 2025.
Público atinge marca histórica
Apesar do recuo nas vendas, a feira atraiu público recorde. Até as 14h30 do último dia, 960.144 pessoas passaram pelo Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O número supera em 16,8% o antigo recorde de 822 mil visitantes, registrado em 2023. Em 2024, o evento recebeu 662 mil pessoas.
Agricultura familiar avança
O Pavilhão da Agricultura Familiar somou R$ 13,6 milhões em faturamento, crescimento de mais de 25% sobre os R$ 10,8 milhões obtidos em 2024 e o maior resultado da história do espaço.
Pecuária movimenta menos
Na área pecuária, 6.696 animais participaram das exposições e competições. As transações do setor somaram R$ 15,4 milhões, abaixo dos R$ 18,9 milhões registrados no ano anterior.
Contexto econômico
Ao apresentar o balanço, o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Edivilson Brum, classificou a feira como positiva pelo recorde de público, mas reconheceu dificuldades na comercialização. Segundo ele, a queda de preços reduziu a capitalização dos produtores e ampliou o endividamento no campo.
A próxima Expointer já está marcada para ocorrer de 29 de agosto a 6 de setembro de 2026.
Com informações de Globo Rural
