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Exportação de carne bovina do Brasil à Argentina bate recorde de 6,2 mil toneladas no 1º semestre

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As vendas brasileiras de carne bovina para a Argentina alcançaram 6,2 mil toneladas no primeiro semestre de 2025, volume nunca antes registrado entre os dois países. No mesmo período de 2024, os embarques somaram 146,4 toneladas.

Segundo Fernando Iglesias, coordenador de Mercados da Safras & Mercado, a alta ocorre em meio à redução do rebanho argentino e à valorização da proteína no mercado local. “A Argentina é um grande produtor de carne, mas enfrenta dificuldades que devem persistir por pelo menos dois anos”, afirma.

Queda do rebanho e pressão sobre preços

Dados do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) indicam que o rebanho bovino caiu 5% entre 2017 e 2024, totalizando 51,62 milhões de cabeças. Mantido o ritmo de retração, o efetivo deve ficar abaixo de 50 milhões ainda em 2025.

O abate também encolheu. Em 2024 foram 13,924 milhões de cabeças, 4,1% a menos que em 2023. Com menor oferta, o consumo per capita de carne bovina no país caiu ao segundo menor nível histórico, fechando 2024 em 47,7 quilos por habitante ao ano, segundo a Câmara da Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra).

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A seca prolongada que se estendeu até 2023 antecipou o envio de animais ao abate e comprometeu os ciclos de gestação. Mesmo com a recuperação das pastagens em 2024, o ritmo de engorda foi retardado, reduzindo ainda mais o número de animais prontos para o frigorífico.

Com oferta limitada, o preço da carne bovina argentina subiu 58,8% no primeiro semestre de 2025. Outras proteínas também encareceram: a carne suína avançou 62% e a de frango, 48,2%, de acordo com o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA).

Exportação de carne bovina do Brasil à Argentina bate recorde de 6,2 mil toneladas no 1º semestre - Imagem do artigo original

Imagem: Claudio Belli via globorural.globo.com

Outras proteínas brasileiras ganham espaço

Além da carne bovina, o Brasil ampliou a participação no mercado argentino de outras proteínas. No primeiro semestre, foram enviadas 28,75 mil toneladas de carne suína, salto de 576,6% ante o mesmo período de 2024, e 10,54 mil toneladas de carne de frango, aumento de 282,6%.

Para Iglesias, a combinação de poder de compra em recuperação na Argentina e preços internacionais elevados torna o produto brasileiro competitivo. “Eles devem continuar importando, especialmente enquanto a carne bovina seguir cara em diversos países”, avalia.

Com informações de Globo Rural

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