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Exportações de carne suína do Brasil avançam 19,4% em quatro anos e país mira liderança mundial até 2030

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A produção brasileira de carne suína cresceu 12,8% entre 2021 e 2024, saltando de 4,701 para 5,305 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No mesmo período, as exportações subiram 19,4%, passando de 1,13 para 1,35 milhão de toneladas, enquanto a receita com os embarques aumentou 15,3%, de US$ 2,6 bilhões para US$ 3 bilhões.

Para o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o setor tem o maior potencial de expansão entre as proteínas animais brasileiras. “Não me surpreenderia se até o final desta década o Brasil atingisse a liderança das exportações mundiais de carne suína”, afirmou.

Expectativa de crescimento em 2025 e 2026

Iglesias projeta que o Brasil ocupará a terceira posição no ranking global de exportadores em 2025, ao alcançar 1,4 milhão de toneladas embarcadas. Para 2026, a estimativa é superar 1,5 milhão de toneladas.

Custo de produção competitivo

De acordo com o especialista, a capacidade de controlar custos de produção diferencia o país de concorrentes como União Europeia, Estados Unidos e China. A abundância de grãos e a desvalorização do real contribuem para tornar o produto brasileiro mais competitivo no mercado externo.

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Novos mercados e mudança no ranking de destinos

Entre 2021 e 2024, o número de mercados atendidos pela proteína suína brasileira passou de 86 para 94. Em 2024, as Filipinas assumiram a liderança das compras, com 254.332 toneladas, ultrapassando a China, que importou 241.008 toneladas. Os Estados Unidos, que aplicam tarifa de 50% sobre a carne suína brasileira, ficaram em décimo lugar, com menos de 30 mil toneladas.

Iglesias avalia que as Filipinas deverão manter o ritmo de compras devido às dificuldades locais para controlar surtos de peste suína africana. Já a perda de competitividade nos Estados Unidos, segundo ele, não deve afetar o setor, que vem redirecionando cargas para países como Cingapura, Japão e Vietnã.

Abertura de novos mercados

O analista destaca o trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da ABPA e de outras entidades na negociação de protocolos sanitários, o que tem ampliado o alcance da carne suína brasileira e reforçado o potencial de exportação para os próximos meses.

Com informações de Canal Rural

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