A Fazenda Recreio, localizada em São Sebastião da Grama, na divisa de São Paulo com Minas Gerais, incorporou um fertilizante de baixo impacto ambiental e se transformou em referência de produção sustentável de café. Fundada em 1890, a propriedade permanece nas mãos da mesma família e hoje é administrada por Diogo Dias de Macedo, representante da quinta geração de cafeicultores.
Com 596 hectares, dos quais 235 destinados à preservação, o empreendimento cultiva 970 mil pés de café em área formada há milhões de anos por atividade vulcânica. Práticas como compostagem e cobertura do solo já faziam parte do manejo; agora, a fazenda adicionou o Yara Climate Choice, fertilizante que promete redução de até 90% na pegada de carbono por usar biometano como matéria-prima em vez de fontes fósseis.
Macedo foi um dos primeiros produtores do país a testar o insumo, cujo lote inicial chegou da Europa. “Trabalhamos para agredir o mínimo o meio ambiente e diminuir emissões”, afirma. O objetivo é expandir o uso para outras culturas cultivadas na propriedade.
Produção de amônia renovável em Cubatão
O fertilizante de menor impacto vem de amônia renovável produzida pela Yara em seu polo industrial de Cubatão (SP) desde o último ano. Segundo Paulo Yvan, diretor de Crop Solution da Yara Brasil, a demanda por insumos sustentáveis aumenta o valor do café brasileiro em mercados exigentes.
Exportação e visitas
Os grãos da Fazenda Recreio já chegam a Japão, Estados Unidos e Europa, mercados que consideram tanto a qualidade na xícara quanto os efeitos da produção sobre o clima. A propriedade também recebe visitantes interessados em conhecer o modelo de baixa emissão que, de acordo com o analista de Desenvolvimento de Mercado da Yara Brasil, Rafael Henrique Minelli, torna a fazenda “negativa em carbono”.
Imagem: Divulgação
Combinando 135 anos de tradição com tecnologias de menor impacto, a Fazenda Recreio reforça o posicionamento do café brasileiro na rota da sustentabilidade.
Com informações de Canal Rural
