A diretora de Comunicações do Fundo Monetário Internacional (FMI), Julie Kozack, afirmou nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa, que a economia mundial continua sujeita a desafios significativos e permanece exposta a riscos externos. Segundo a porta-voz, a atividade global avança em ritmo moderado, enquanto a inflação recua, mas ainda persiste em vários países.
Kozack destacou que a projeção de crescimento do Fundo é heterogênea, resultado da combinação entre políticas monetárias mais restritivas e tensões geopolíticas. Diante desse cenário, o FMI recomenda que os bancos centrais se mantenham vigilantes contra pressões inflacionárias, mesmo em um ambiente de desaceleração econômica.
A diretora ressaltou ainda que políticas fiscais consistentes são fundamentais para assegurar credibilidade e resiliência, sobretudo em economias emergentes que enfrentam volatilidade nos fluxos de capitais.
China e América Latina em foco
Ao comentar a situação chinesa, Kozack disse que a economia do país mostra sinais de estabilização, mas ainda precisa lidar com desafios estruturais relacionados ao setor imobiliário e ao consumo doméstico.
Para a América Latina, a porta-voz lembrou que os bancos centrais da região iniciaram o ciclo de alta de juros mais cedo, o que ainda sustenta a atividade econômica. Contudo, ela alertou para riscos associados à possível queda nos preços das commodities e ao aperto da política monetária global.
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O FMI reforçou que continuará monitorando de perto as condições econômicas internacionais e os impactos sobre países avançados e emergentes.
Com informações de Canal Rural
