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Frota fantasma traz diesel russo barato ao Brasil e acende alerta no agronegócio

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Desde 2022, 36 petroleiros classificados como “frota fantasma” desembarcaram combustível russo em portos brasileiros, segundo levantamento da BBC News Brasil. Essas embarcações irregulares, geralmente antigas, navegam com proprietários ocultos, mudam de bandeira, desligam sistemas de rastreamento e operam sem seguro.

Com o Brasil fora do regime de sanções adotado por Estados Unidos, União Europeia e G7, o país tornou-se um destino seguro para esses navios. A consequência direta foi o avanço acelerado das importações de diesel russo:

  • 2022: aproximadamente US$ 100 milhões;
  • 2023: US$ 4,5 bilhões;
  • 2024: US$ 5,4 bilhões;
  • jan–jul/2025: US$ 3,07 bilhões.

Atualmente, a Rússia já responde por mais da metade de todo o diesel adquirido pelo Brasil no exterior.

Impacto no campo

O agronegócio brasileiro depende fortemente do diesel para movimentar tratores, colheitadeiras, caminhões e secadores de grãos. O combustível mais barato importado da Rússia ajudou a conter custos em um cenário de juros elevados e margens apertadas.

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Riscos apontados

Especialistas e agentes do setor identificam três frentes de risco associadas à chegada da frota fantasma:

  • Ambiental: embarcações velhas e sem seguro elevam a probabilidade de acidentes e vazamentos, ameaçando ecossistemas costeiros e rotas de exportação agrícola;
  • Diplomático: retaliações de mercados como Estados Unidos e União Europeia podem atingir exportadores brasileiros de soja, carne, café e outros produtos;
  • Jurídico: a ausência de adesão do Brasil às sanções internacionais dificulta ações para barrar esses navios, segundo autoridades.

Com o avanço da dependência do diesel russo, produtores temem que possíveis bloqueios a navios sancionados ou mudanças na política externa provoquem alta súbita de preços e insegurança no abastecimento.

Com informações de Canal Rural

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