Os principais contratos de grãos abriram o pregão regular da Bolsa de Chicago com variações discretas nesta segunda-feira (20/10). A movimentação tímida reflete a expectativa pelos diálogos marcados para o fim do mês entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.
A sinalização de Trump, na semana passada, de que as tarifas contra a China “não são sustentáveis” elevou o ânimo dos investidores. O republicano também colocou a retomada das compras chinesas de soja norte-americana como ponto-chave antes da reunião bilateral.
Além das conversas diplomáticas, o mercado acompanha a possibilidade de o Federal Reserve reduzir os juros em 28 e 29 de outubro, o que também influencia o humor dos agentes.
Plantio no Brasil
Com a divulgação de dados norte-americanos limitada pelo shutdown, os fundamentos vêm do Brasil. Segundo a consultoria AgRural, o plantio de soja 2025/26 alcançava 24% da área estimada até quinta-feira (16/10), avanço de 10 pontos percentuais em relação à semana anterior e acima dos 18% de igual período do ano passado. Ainda assim, o ritmo segue atrás dos 30% registrados há duas safras.
Chuvas recentes nos três estados do Centro-Oeste impulsionaram os trabalhos, permitindo que Mato Grosso ultrapassasse o Paraná e assumisse a liderança do plantio nesta temporada.
Imagem: ater-RS
Para o milho verão, a semeadura no Centro-Sul chegou a 51% da área prevista, contra 45% uma semana antes e 48% no mesmo intervalo de 2024. Com as atividades quase concluídas nos três estados do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás concentram as atenções nesta etapa inicial.
Cotações
No início da sessão em Chicago, a soja para novembro subia 0,86%, sendo negociada a US$ 10,2875 por bushel. O milho com entrega em dezembro recuava 0,12%, para US$ 4,2250 por bushel, enquanto o trigo, também para dezembro, caía 0,14%, a US$ 4,22 por bushel.
Com informações de Globo Rural