Um indutor de ovulação criado pela Embrapa Rondônia aumentou em até 9% a taxa de prenhez de vacas submetidas à Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O produto, chamado Promov, foi testado em mais de 1.500 fêmeas, alcançando média de 62% de prenhez contra 56% obtida com protocolos convencionais.
Nos experimentos, a cada 200 vacas tratadas com o novo insumo nasceram 123 bezerros, nove a mais em comparação aos 114 obtidos com a metodologia usual. O custo do programa de IATF subiu de R$ 10.200 para R$ 10.600, mas o valor por bezerro caiu de R$ 91,07 para R$ 86,89.
Combinação hormonal em dose única
O Promov reúne, em uma única aplicação intramuscular, prostaglandina e hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), ambos amplamente usados na reprodução bovina. A prostaglandina continua sendo aplicada antecipadamente no protocolo tradicional para reduzir os níveis de progesterona, e agora atua como adjuvante dentro da nova formulação.
Luiz Francisco Pfeifer, pesquisador que liderou o desenvolvimento, afirma que a Embrapa solicitou patente e procura um parceiro privado para licenciar o produto. Ele estima que o preço final não deve ficar muito acima dos valores já praticados no mercado, pois a fórmula combina dois hormônios comercializados há anos.
Imagem: Embrapa via globorural.globo.com
Potencial de mercado
Com mais de 230 milhões de cabeças de gado, o Brasil é o maior rebanho bovino do mundo, e a IATF figura entre as principais ferramentas para elevar produtividade e melhorar genética. A Embrapa planeja testar o Promov também em ovinos, caprinos e equinos.
Com informações de Globo Rural
