A Better Cotton Initiative (BCI) lançou globalmente um selo de rastreabilidade que permitirá a varejistas e marcas informar aos consumidores a origem e o percentual de algodão sustentável utilizado em suas peças.
O selo é facultativo e só poderá ser estampado em produtos que contenham, no mínimo, 30% de algodão certificado pela BCI. A medida, segundo o diretor-executivo Nick Weatherill, responde à crescente cobrança por transparência e adequação às exigências ambientais, sociais e de governança (ESG) no mercado mundial.
Nova identidade e resultados anuais
Junto com o lançamento do selo, a organização anunciou a mudança de nome de BCI Cotton para Better Cotton Initiative (BCI). A entidade também divulgou o relatório anual 2024/25, destacando avanços econômicos, sociais e ambientais na cotonicultura.
Entre os resultados apresentados, mais de 650 mil agricultores licenciados tiveram aumento de renda. O programa reduziu o uso de nitrogênio sintético por quilo de algodão em 2,15 milhões de hectares, beneficiando 700 mil produtores, além de eliminar defensivos altamente perigosos entre 81% dos agricultores licenciados e diminuir o uso de defensivos sintéticos em mais de 788 mil fazendas. As iniciativas alcançaram mais de 575 mil produtoras de algodão.
Participação global e destaque brasileiro
Na safra 2023/24, o algodão certificado pela BCI representou 23% da produção mundial, um ponto percentual acima da temporada anterior. Ao todo, 1,4 milhão de agricultores produziram 5,6 milhões de toneladas da fibra sustentável em 15 países, enquanto 1,63 milhão receberam treinamento.
Imagem: Sealpa MG
O avanço global foi puxado por aumentos em países como o Brasil. No ciclo analisado, 440 agricultores brasileiros licenciados produziram 3 milhões de toneladas de algodão BCI, volume que correspondeu a 81% da colheita nacional e refletiu alta de 20% no número de produtores participantes.
Com informações de Globo Rural
