O Itaú BBA entregou ao segundo leilão do programa EcoInvest propostas de financiamento para restaurar 300 mil hectares de áreas degradadas. A informação foi dada por Pedro Fernandes, diretor de agronegócios do banco, a jornalistas durante evento promovido pelo Cubo Itaú.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a oferta representa a maior extensão de conversão apresentada até agora e equivale a 20% dos 1,4 milhão de hectares que podem receber recursos viabilizados pelo leilão.
Ainda não foram divulgados quais bancos terão acesso ao capital nem o montante que cada um poderá operar. Ceron afirmou que o detalhamento do rateio deve ser publicado nos próximos dias.
Fernandes ressaltou que, mesmo que nem todas as propostas do Itaú sejam contempladas, garantir recursos para financiar 10% da área total do leilão — cerca de 140 mil hectares — já seria “uma boa ambição”. Ele observou que, no início do programa, as instituições financeiras ainda passarão por uma curva de aprendizagem para atender às exigências socioambientais.
O executivo aposta na experiência acumulada pelo banco no Programa Reverte, parceria com a Syngenta e a The Nature Conservancy (TNC) voltada à conversão de áreas degradadas. Nos primeiros anos da iniciativa, o Itaú concedeu crédito para 6 mil hectares e estruturou processos de compliance, monitoramento e verificação.
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“Agora já temos capacidade para financiar 150 mil hectares por ano, ou até mais”, afirmou Fernandes, destacando que o desenvolvimento de fornecedores especializados reduziu os custos de monitoramento.
Dentro da carteira agro do Itaú, as operações rotuladas como “verdes” responderam por 20% dos empréstimos no ano passado, alcançando inclusive produtores de médio porte.
Com informações de Globo Rural