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Líderes políticos e do agronegócio pedem diálogo com os EUA após aumento de tarifas

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Autoridades de oposição ao governo federal e dirigentes do agronegócio reforçaram nesta segunda-feira (11/8) a necessidade de negociação com os Estados Unidos diante das novas tarifas aplicadas a produtos brasileiros. As declarações ocorreram na abertura do 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio, organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e pela B3, em São Paulo.

Vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que o Brasil dispõe da chamada “lei da reciprocidade”, mas defendeu a busca por acordos. “Vamos seguir pelo caminho da negociação para garantir proteção justa aos produtores”, disse.

O presidente da Abag, Luis Carlos Corrêa Carvalho, avaliou o aumento tarifário como parte de um “reposicionamento estratégico” dos Estados Unidos em um cenário internacional fragmentado. Para ele, o momento exige “serenidade e senso de urgência”. “Diálogo e negociação são essenciais para equilibrar o comércio. O avanço de medidas protecionistas pede a formação de alianças”, afirmou, referindo-se ao tema do evento deste ano, “Agroalianças”.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também defendeu postura diplomática. Segundo ele, retaliar uma economia “15 vezes maior que a do Brasil” não seria viável. “É fundamental retomar a boa diplomacia. O Brasil não pode ser o país do conflito”, declarou.

No palco em nome do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos, disse que o protagonismo alcançado pelo agronegócio brasileiro incomoda outros países. O secretário reforçou o compromisso do governo com a abertura de mercados e com a proteção dos segmentos afetados pelas tarifas norte-americanas. “Quando um lado não quer negociar, temos de buscar alternativas”, afirmou aos jornalistas.

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Líderes políticos e do agronegócio pedem diálogo com os EUA após aumento de tarifas - Imagem do artigo original

Imagem: Pablo Jacob via globorural.globo.com

Minas Gerais, maior produtor brasileiro de café — commodity que tem nos EUA seu principal destino — adotou linhas de crédito para mitigar impactos do tarifaço. O governador Romeu Zema (Novo) destacou que o interesse nacional deve prevalecer sobre disputas particulares. Questionado sobre declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em apoio às sanções, Zema respondeu que “uma nação deve estar acima de qualquer pessoa”.

Os participantes do congresso concordaram que a construção de pontes diplomáticas é o caminho preferencial para evitar prejuízos aos produtores e manter a competitividade do agronegócio brasileiro.

Com informações de Globo Rural

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