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Lula afirma não ter pressa para aplicar Lei da Reciprocidade contra os EUA

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Belo Horizonte, 29 de setembro – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não pretende acelerar a aplicação da Lei da Reciprocidade contra os Estados Unidos, embora o processo já esteja em curso para pressionar Washington a rever a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Lei aprovada e processo em andamento

A legislação, aprovada pelo Congresso e sancionada em abril, permite ao Brasil responder a medidas unilaterais de outros países. Após autorização de Lula, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) iniciou os trâmites, incluindo a notificação oficial aos EUA.

“Eu não tenho pressa de fazer qualquer coisa com a reciprocidade contra os Estados Unidos. Tomei a medida porque tenho que fazer o processo andar”, disse o presidente em entrevista à Rádio Itatiaia.

Tarifas norte-americanas

As sobretaxas impostas aos produtos brasileiros são fruto da política comercial implementada pelo então presidente Donald Trump. Em 2 de abril, Washington elevou tarifas com base no déficit comercial de cada parceiro; como os EUA registram superávit com o Brasil, aplicou-se a alíquota de 10%. Em 6 de agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% sobre mercadorias brasileiras, totalizando 50%.

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Atualmente, 35,6% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano enfrentam o tarifaço.

Espaço para negociação

Lula afirmou que quer negociar “24 horas por dia”, mas alegou falta de interlocução em Washington. Segundo ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chanceler Mauro Vieira ainda não conseguiram agenda com autoridades norte-americanas.

“Não tentei ligar. Se o secretário do Tesouro não falou com Haddad e Alckmin não conseguiu falar com o pessoal do comércio, por que acham que meu telefonema resolveria?”, questionou.

Operação contra lavagem de dinheiro

Na mesma entrevista, o presidente comentou a operação policial que investiga uso de fundos de investimento e fintechs para lavagem de dinheiro ligado a facções. Ele classificou a ação como “a mais importante da história para pegar o andar de cima”.

A Justiça Federal determinou o sequestro de ativos e o bloqueio de bens até R$ 1,2 bilhão, valor correspondente às autuações fiscais já efetuadas.

Com informações de Canal Rural

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