O mercado brasileiro de soja encerrou a sexta-feira, 8, com poucos negócios e cotações variadas, segundo o analista Rafael Silveira, da Safras & Mercado. A proximidade da divulgação do relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), marcada para a próxima terça-feira, 12, às 13h, levou compradores e vendedores a adotar posição cautelosa.
Preços internos
Silveira observa que nem exportadores nem indústrias pressionaram as compras no dia. Em algumas regiões, as fábricas já estão abastecidas e reduziram gradualmente as indicações, enquanto produtores mantiveram as ofertas firmes. Nos portos, os prêmios seguem sustentados.
Cotações da soja no interior e nos portos:
- Passo Fundo (RS): R$ 134,00 (estável)
- Santa Rosa (RS): R$ 135,00 (estável)
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 141,00 (estável)
- Cascavel (PR): R$ 134,00 (estável)
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 141,00 (estável)
- Rondonópolis (MT): R$ 125,00 (estável)
- Dourados (MS): de R$ 121,00 para R$ 122,00 (+R$ 1,00)
- Rio Verde (GO): de R$ 125,00 para R$ 124,00 (-R$ 1,00)
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os futuros da soja terminaram em baixa, pressionados pelo bom desenvolvimento da safra norte-americana e pela demanda fraca. O contrato setembro caiu 6,25 centavos de dólar, ou 0,64%, para US$ 9,67 ¾ por bushel. A posição novembro recuou 6,25 centavos, ou 0,62%, a US$ 9,87 ½ por bushel.
No farelo, o vencimento setembro avançou US$ 0,50, ou 0,18%, a US$ 276,60 por tonelada. No óleo, o mesmo vencimento perdeu 0,79 centavo, ou 1,47%, fechando a 52,71 centavos de dólar por libra-peso.
Expectativa para o USDA
Analistas consultados por agências internacionais projetam que o USDA indicará safra de 4,371 bilhões de bushels para 2025/26, acima dos 4,335 bilhões estimados em julho. Para os estoques de passagem, a previsão é de 359 milhões de bushels em 2025/26, ante 350 milhões do relatório anterior. Já para 2024/25, o mercado calcula redução para 350 milhões de bushels.

Imagem: canalrural.com.br
Em âmbito global, a média das estimativas aponta estoques finais de 125 milhões de toneladas em 2024/25, contra 125,1 milhões divulgados em julho. Para 2025/26, a expectativa é de 127,9 milhões de toneladas, acima das 126,1 milhões registradas no mês passado.
Câmbio
O dólar comercial subiu 0,24%, encerrando a sessão a R$ 5,4358 para venda e R$ 5,4338 para compra. A moeda oscilou entre R$ 5,4145 e R$ 5,4430 ao longo do dia e acumulou queda de 1,97% na semana.
As negociações permanecem retraídas enquanto o mercado aguarda os novos números de oferta e demanda que serão apresentados pelo USDA.
Com informações de Canal Rural