Pecuaristas podem assegurar a margem de lucro da fazenda mesmo diante da volatilidade do mercado do boi. A alternativa é negociar contratos futuros de arroba na B3, explicou o zootecnista Leonardo Lima no quadro “Giro do Boi Responde”, exibido na segunda-feira (11).
Como funciona a operação
No mercado futuro, o produtor fecha hoje o valor de venda da arroba para uma data determinada. O contrato é intermediado por corretoras habilitadas pela bolsa.
Se, por exemplo, a arroba para outubro estiver cotada a R$ 350 e o pecuarista considerar esse valor satisfatório, basta fixar a venda nesse patamar:
- Preço cai: o contrato garante os R$ 350; a corretora credita ao produtor a diferença entre o valor pactuado e a cotação de mercado.
- Preço sobe: o produtor deixa de receber o valor adicional no contrato, mas vende o gado físico mais caro ao frigorífico, compensando o resultado.
Corretoras e mesas agro
Instituições como BTG, XP, Terra e Genial mantêm mesas especializadas em agronegócio. Para operar, a corretora precisa ser validada pela B3. A recomendação é procurar um assessor de confiança para definir a estratégia adequada ao perfil de risco.
Ferramentas de proteção
O chamado “seguro de baixa” pode ser feito por meio de hedge ou opções, travando um preço mínimo para a arroba. O objetivo é blindar o negócio de oscilações negativas e garantir previsibilidade ao fluxo de caixa da fazenda.
Imagem: canalrural.com.br
Estudar as modalidades disponíveis e contar com assessoria especializada são passos considerados essenciais para reduzir incertezas e manter a rentabilidade da atividade.
Com informações de Canal Rural