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Milho norte-americano ganha vantagem, mas tendência é de alta no Brasil

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São Paulo, 12 de agosto – O milho dos Estados Unidos ficou mais competitivo na última semana, porém analistas apontam que os preços no Brasil tendem a avançar nos próximos meses.

Cotações recuam em Chicago e na B3

O contrato de setembro na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a sexta-feira cotado a US$ 3,83 por bushel, recuo de 1,79% em relação a 1º de agosto. Na B3, o mesmo vencimento caiu 2,72% e fechou a R$ 65,14 por saca. No mercado físico brasileiro, as cotações oscilaram entre altas e baixas, com agentes aguardando sinais mais claros para direcionar as negociações.

Exportações exigem ritmo maior

Até o fim de julho, o Brasil embarcou 8,42 milhões de toneladas, frente a uma meta anual de 43 milhões. Restam 34,58 milhões de toneladas a serem enviadas até dezembro, o que exige média de 1,82 milhão de toneladas por semana. A retomada depende de:

  • Progresso da colheita da segunda safra – mais de 80% da área já colhida;
  • Disponibilidade de portos, gradualmente direcionados ao cereal;
  • Competitividade frente ao milho norte-americano, hoje mais atrativo.

Relatório do USDA pode pressionar preços

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulga na terça-feira (12) nova estimativa global de oferta e demanda. O mercado espera revisão para cima na produtividade da safra 2025/26 norte-americana, o que indicaria colheita maior e estoques finais elevados. Para Brasil e Argentina, não são previstas mudanças relevantes.

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Se confirmada maior oferta nos EUA, a pressão sobre as cotações pode aumentar, mas o consumo interno aquecido no país tende a limitar quedas mais fortes.

Condições climáticas favoráveis

No Brasil, a previsão para os próximos 15 dias indica chuvas concentradas nas regiões Norte e Sul, com volumes baixos e bem distribuídos no restante do território. Nos EUA, o clima segue dentro da média histórica, com um período úmido que favorece o desenvolvimento das lavouras; apenas o centro-oeste de Iowa, partes de Illinois e Missouri podem registrar alagamentos pontuais.

Perspectivas para o segundo semestre

Segundo a plataforma Grão Direto, a competitividade do milho norte-americano deve manter a demanda por produto brasileiro pressionada no curto prazo. Contudo, o segundo semestre costuma registrar aquecimento das exportações nacionais, cenário que pode sustentar a procura e refletir em elevação dos preços internos.

Fim

Com informações de Canal Rural

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