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Peixe lidera aumento de consumo e registra menor alta de preços no Brasil em 2025

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Levantamento da Scanntech indica que o peixe foi a proteína com menor variação de preço e maior incremento de consumo no Brasil entre janeiro e setembro de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Segundo o estudo, o preço médio dos peixes subiu 2,1% no período analisado. As demais proteínas apresentaram elevações bem mais intensas: carne bovina (24,1%), carne suína (21,2%), frango (12,9%) e ovos (11,9%).

No volume vendido, o pescado avançou 8,2%, liderando o crescimento. Ovos tiveram alta de 5,4%, frango cresceu 3,3%, enquanto carne bovina recuou 5,6% e carne suína caiu 2,4%.

Para Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, a movimentação dos consumidores é motivada, principalmente, pelos preços. “O aumento de preços da carne bovina e da suína leva o consumidor a buscar outras alternativas de proteína”, afirmou. Ela acrescentou que o consumo de peixe permaneceu em alta durante todo o ano, exceto em fevereiro e julho, acompanhando a tendência global de busca por alimentos considerados mais saudáveis.

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Tilápia amplia participação

A pesquisa mostra que a tilápia representa mais de 40% do volume comercializado no segmento peixaria, que inclui bacalhau e frutos do mar. A participação da espécie subiu de 40,4% em 2024 para 44% em 2025. Nas regiões Nordeste (28,8%) e Norte (4,2%), o percentual ainda é menor.

Com preço médio ao consumidor de R$ 39,40 o quilo, a tilápia registrou alta de 32,9% no volume vendido e de 21,8% no preço. Já o salmão, cujo quilo custa em média R$ 88,06, teve queda de 5,7% no volume e aumento de 6% no faturamento. A sardinha, opção mais barata, subiu 6,2% em preço e recuou 0,4% em volume.

Oferta reduzida pressiona preços

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam forte valorização da tilápia em outubro, reflexo da menor oferta causada pela falta de alevinos para repovoamento. Juliano Kubitza, diretor da Fider Pescados, relatou que, após período de grande oferta no primeiro semestre, a escassez nas praças produtoras elevou os preços mais de 10% em um mês.

Kubitza também destacou a retração de mais de 70% nas exportações de tilápia para os Estados Unidos, o que mantém foco no mercado interno, ainda considerado pouco explorado. Ramon Amaral, CEO da Brazilian Fish, avalia que o setor começava a reverter prejuízos, mas teme impactos negativos com a inclusão da tilápia na lista de espécies invasoras e a autorização para importação de filé vietnamita.

Com informações de Globo Rural

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