Mato Grosso semeou 15% dos 13 milhões de hectares projetados para a safra de soja, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ritmo subiu nove pontos percentuais na última semana e é o dobro da média histórica para o período, que costuma ficar em 6%.
Mesmo com o avanço, a falta de umidade no solo mantém os produtores em estado de alerta. Custos elevados, margens apertadas e estimativas de produtividade menores fazem de cada decisão de plantio um exercício de cautela, observam agricultores.
Fazendas monitoram o céu
Em Jaciara, o produtor Jorge pretende semear 5.300 hectares. As primeiras precipitações trouxeram alívio momentâneo, e ele busca aproveitar cada milímetro de chuva para não perder o calendário.
Na propriedade vizinha, a família Fritsch planeja cultivar 3.000 hectares. O custo da lavoura varia entre 50 e 55 sacas por hectare, enquanto a cotação da soja gira em torno de R$ 110 a R$ 115 por saca.
Grande Primavera redobra cuidados
Na região da Grande Primavera, que engloba 11 municípios e deve plantar 1,6 milhão de hectares, o avanço das máquinas é controlado. Produtores aguardam novas chuvas para garantir umidade suficiente antes de acelerar o plantio.

Imagem: Aprosoja MT
Produção deve encolher
O Imea projeta colheita de 47 milhões de toneladas, cerca de 7% abaixo do ciclo anterior. Diante do cenário, agricultores focam em manter a produtividade do último ano, equilibrar custos e preservar a margem de lucro.
Apesar da lentidão inicial, o intervalo entre as chuvas contribuiu para que o setor ajustasse logística e recebesse insumos com mais organização.
Com informações de Canal Rural