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Preço médio do café no Brasil sobe 108% entre 2022 e 2025, aponta levantamento

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O brasileiro paga hoje mais que o dobro pelo café em comparação a três anos atrás. Entre 2022 e 2025, o preço médio desembolsado pelos consumidores avançou 108%, segundo análise da empresa de benefícios corporativos VR, divulgada nesta quarta-feira (10/9).

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O estudo, que avaliou mais de 5 milhões de notas fiscais enviadas por 3 milhões de usuários do aplicativo da companhia, detalhou a evolução dos valores praticados nas gôndolas:

Café em pó 500 g: alta de 119%, de R$ 13,27 em julho de 2022 para R$ 29,09 em julho de 2025.

Café em pó 250 g: avanço de 79%, de R$ 11,43 para R$ 20,56 no mesmo intervalo.

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Café solúvel: aumento de 61%, de R$ 7,94 para R$ 12,84.

Café em cápsula: queda discreta de 2,6%, de R$ 17,55 para R$ 17,09.

Preço médio geral: crescimento de 108%, de R$ 10,58 para R$ 22,05.

Sinais recentes de alívio

Depois de 18 altas mensais consecutivas, o café moído apresentou retração de 1,01% em julho e de 2,17% em agosto, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE. Na série da VR, o pacote de 500 g recuou de R$ 29,66 em junho para R$ 28,80 na primeira semana de agosto, enquanto o de 250 g caiu de R$ 21,03 para R$ 20,23.

Por que o café encareceu

De acordo com a VR, vários fatores explicam a escalada de preços:

  • Condições climáticas adversas, com falta de chuva durante o desenvolvimento das lavouras, reduziram a produção e elevaram os custos no campo.
  • Estoques internos atingiram níveis historicamente baixos, pressionando as cotações domésticas.
  • Exportações recordes: somente em dezembro de 2024, o Brasil embarcou 3,8 milhões de sacas de 60 kg, totalizando 50,44 milhões de sacas no ano, segundo o Cecafé.
  • No mercado internacional, países fornecedores como Vietnã e Indonésia também enfrentaram problemas climáticos, encurtando a oferta global em meio ao crescimento do consumo.
  • Com menor disponibilidade mundial, os contratos de arábica na Bolsa de Nova York dobraram de preço em 12 meses.

Analistas da VR observam que a queda recente coincide com o pico da colheita em 2025, que aumenta a oferta interna e ajuda a conter parte da pressão sobre os preços.

Com informações de Globo Rural

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