Os contratos futuros de café arábica iniciaram a sessão desta quinta-feira em alta na bolsa de Nova York, revertendo a perda registrada no dia anterior. O vencimento mais negociado, para setembro, avançava 0,95%, cotado a US$ 2,9585 por libra-peso.
De acordo com Laleska Moda, analista da Hedgepoint Global Markets, a adoção das tarifas de 50% sobre o café brasileiro pelos Estados Unidos mantém elevada a volatilidade no mercado. “Há receio de instabilidade na cadeia de produção global”, afirmou.
A especialista traçou dois possíveis cenários para os preços internacionais. No curto e no médio prazos, a expectativa é de valorização, já que os EUA teriam de recorrer a estoques internos diante da dificuldade de suprimento por outras origens. Para um horizonte mais adiante, Laleska projeta alívio nas cotações, pois as sobretaxas tendem a reduzir a demanda no maior mercado consumidor, onde 66% da população bebe café diariamente, segundo a National Coffee Association (NCA).
Os Estados Unidos respondem por cerca de um terço das importações do Brasil. Caso o produto fique mais caro para o consumidor americano, a combinação com dados que indicam avanço da inflação no país pode pressionar o consumo, destacou a analista.
Outras commodities
No mesmo pregão, açúcar e algodão também operavam em alta. O açúcar bruto para outubro era negociado a 16,23 centavos de dólar por libra-peso, ganho de 1,44% em relação ao último fechamento. Já o algodão para dezembro subia 0,62%, para 66,95 centavos de dólar por libra-peso.

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O cacau, por sua vez, recuava após fortes avanços recentes. O contrato para dezembro era cotado a US$ 7.724 por tonelada, queda de 1,44%.
Com informações de Globo Rural