O mercado brasileiro de boi gordo encerrou a semana com negociações acima da média em algumas regiões, mas apresentou estabilidade em importantes praças pecuárias, segundo o analista Fernando Iglesias, da Safras & Mercado.
Situação por estado
De acordo com Iglesias, o comportamento do mercado foi diverso:
• São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais registraram cenário mais acomodado.
• Na região Norte, a dificuldade de frigoríficos para completar as escalas de abate manteve preços acima da referência média.
Cotações da arroba em 21 de agosto (a prazo)
• São Paulo (capital): R$ 315,00 — estável em relação à semana anterior.
• Goiás (Goiânia): R$ 305,00 — sem variação.
• Minas Gerais (Uberaba): R$ 305,00 — alta de 1,67% ante os R$ 300,00 da semana anterior.
• Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320,00 — inalterado.
• Mato Grosso (Cuiabá): R$ 315,00 — avanço de 1,61% sobre os R$ 310,00 prévios.
• Rondônia (Vilhena): R$ 280,00 — aumento de 1,82% em comparação aos R$ 275,00 da semana passada.
Atacado: traseiro recua e dianteiro fica estável
No atacado, o quarto traseiro foi cotado a R$ 23,15 por quilo, queda de 0,64% frente aos R$ 23,30 da semana anterior. Já o quarto dianteiro permaneceu em R$ 18,00 por quilo.
Iglesias aponta que o ritmo de reposição entre atacado e varejo se mantém lento na segunda quinzena do mês, tendência que deve preservar a pressão de baixa sobre o traseiro no curto prazo.
A carne de frango continua mais competitiva em comparação às demais proteínas, especialmente frente à bovina.
Imagem: Governo de Mato Grosso
Exportações em alta
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, nos 11 primeiros dias úteis de agosto, as exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 764,394 milhões, com média diária de US$ 69,490 milhões.
No período, foram embarcadas 135,785 mil toneladas, média de 12,344 mil toneladas diárias. O preço médio por tonelada alcançou US$ 5.629,40.
Em relação a agosto de 2024, houve aumento de 58,5% no valor médio diário, crescimento de 24,9% no volume médio diário e alta de 26,9% no preço médio.
Segundo Iglesias, o ritmo forte dos embarques mantém suporte aos preços internos e reforça a expectativa de recorde de exportações em 2025.
Com informações de Canal Rural
