A combinação de tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e a perspectiva de menor safra de café arábica no Brasil vem pressionando para cima as cotações internacionais do grão.
Segundo Vanúsia Nogueira, diretora-executiva da Organização Internacional do Café (OIC), o mercado atravessa um período de escassez provocada por sucessivos déficits de produção, acentuados por eventos climáticos nas principais regiões produtoras. A executiva falou à Reuters durante evento do setor realizado em Bogotá, na Colômbia.
Preços em Nova York
Nos últimos 12 meses, o contrato de café arábica negociado na bolsa de Nova York acumulou alta de 24%, de acordo com levantamento do Valor Data.
Situação das lavouras brasileiras
Maior produtor e exportador mundial de arábica, o Brasil enfrenta clima adverso que reduziu o potencial de colheita para a temporada 2025/26. Geadas recentes também geram preocupação quanto ao ciclo 2026/27.
Esta semana, a consultoria StoneX revisou para baixo a estimativa da safra 2025/26 no país, de 64,5 milhões para 62,3 milhões de sacas de 60 kg, queda de 3,4% em relação ao último número divulgado em abril. Para o arábica, o corte foi de 5,7%, passando a 36,5 milhões de sacas.
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“Não sabemos quando a colheita do Brasil voltará ao normal; enfrentamos eventos climáticos muito fortes todos os anos”, afirmou Vanúsia Nogueira.
Com informações de Globo Rural
