O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Guilherme Campos, afirmou que os produtores rurais estão demonstrando maior cautela na busca por financiamento neste começo do Plano Safra 25/26. A avaliação foi feita nesta terça-feira, 19 de agosto, durante evento promovido pelo Santander.
Segundo o secretário, a combinação de taxa básica de juros em 15% e custos elevados das linhas oficiais desencorajou parte dos agricultores. “O produtor está fazendo conta”, disse Campos, observando que, ainda assim, “não há nada mais barato que o Plano Safra” em termos de crédito rural.
Desembolsos encolhem 25% em julho
No primeiro mês do novo ciclo, bancos e cooperativas liberaram R$ 24,2 bilhões pelas linhas tradicionais, ante R$ 32,2 bilhões no mesmo período de 2024 — retração de 25%. A maior queda ocorreu nas operações de investimento, que caíram de R$ 5,5 bilhões para R$ 1,9 bilhão.
O Ministério já esperava redução nos desembolsos, atribuída ao nível de juros e às incertezas de mercado. Para médios e grandes produtores, as taxas do Plano Safra variam entre 8,5% e 13,5% ao ano.

Imagem: jcomp
Campos ressaltou que a continuidade da cautela dependerá do desempenho da safra e da evolução das condições de mercado nos próximos meses.
Com informações de Globo Rural
