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Produtores do Sul projetam safra de trigo com alta produtividade e grãos de qualidade

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Produtores de trigo do Sul do Brasil demonstram otimismo com a safra de 2025. Após um início marcado por chuvas intensas e pouca luminosidade, as lavouras se desenvolveram com a chegada de clima mais seco e frio, melhorando as expectativas de rendimento e qualidade dos grãos.

Produtor gaúcho confia em colheita farta

Em Santa Bárbara do Sul (RS), o agricultor Fauro Rocha prevê colher entre 50 e 70 sacas por hectare. A lavoura, atualmente em fase de alongamento, deve iniciar a formação dos cachos nas próximas semanas. A colheita está programada para começar em torno de 20 de outubro, período que, segundo previsões, deve registrar chuvas abaixo da média, condição considerada favorável para os trabalhos de campo.

Rocha relata que o excesso de chuvas no início do ciclo atrasou o crescimento das plantas. No entanto, geadas com sensação térmica de –4 °C não causaram danos, pois atingiram a cultura ainda em estágio inicial e chegaram a estimular seu desenvolvimento. Na mesma propriedade, a canola sofreu perdas por causa do frio intenso. Atualmente, 180 hectares são ocupados pelo trigo, enquanto 110 hectares recebem canola; parte da área antes destinada ao cereal foi convertida em pastagens.

Mesmo confiante na safra, o produtor alerta para a rentabilidade apertada. Ele afirma que, nos últimos dez anos, lucrou em apenas 20% a 30% das temporadas, atribuindo o resultado aos custos elevados e aos preços do grão, considerados atualmente no limite para viabilizar o cultivo.

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Rio Grande do Sul mantém bom estado das lavouras

A Emater/RS estima 1,2 milhão de hectares plantados com trigo no Estado em 2025, com produtividade projetada de 2.997 quilos por hectare. Boletim técnico divulgado em 28 de agosto aponta 82% das lavouras na fase vegetativa, 15% em floração e 3% em enchimento de grãos. O vigor das plantas é avaliado como satisfatório, apesar de chuvas irregulares que provocaram danos pontuais no sul gaúcho.

Nas regiões Noroeste e Planalto, onde se concentra a maior parte da área cultivada, as precipitações foram moderadas e não interferiram no desenvolvimento das plantas. A umidade excessiva, contudo, interrompeu temporariamente pulverizações necessárias para o controle de pragas e doenças, que serão retomadas assim que as condições de solo permitirem.

Colheita inicia lentamente no Paraná

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) mantém a expectativa de produção em 2,6 milhões de toneladas, mesmo após redução da área plantada para 820 mil hectares. Até o momento, apenas 2% da área foi colhida, principalmente no norte do Estado, onde o plantio ocorreu mais cedo devido à altitude.

Segundo o Deral, 83% das lavouras paranaenses estão em boas condições, 6% em situação ruim e o restante em estado intermediário. A colheita deve ganhar ritmo a partir de meados de setembro e seguir até meados de outubro. O órgão, porém, alerta para o risco de falta de chuva e possíveis ondas de calor, fatores que podem afetar a produtividade, como ocorreu na safra anterior.

A qualidade dos grãos colhidos até agora é considerada boa, mantendo os preços em patamar estável. Para produtores que utilizam o trigo para cobrir custos variáveis, a combinação de boa produtividade e cotação regular garante rentabilidade mínima, o que pode incentivar o plantio na próxima temporada.

Com informações de Globo Rural

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