A colheita de café na região da Alta Mogiana, interior de São Paulo, terminou em 2025 com perdas de produtividade entre 20% e 30%, informou a Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mogiana (Apecam).
O desempenho ficou abaixo do projetado no início da safra, reflexo de longos períodos de estiagem e temperaturas elevadas. Segundo a entidade, a seca se estendeu por cerca de seis meses e incluiu mais de 30 dias sem chuvas entre janeiro e fevereiro, comprometendo a formação dos grãos.
O cafeicultor Rafael Stefani relatou que a quebra já era esperada devido ao fraco “pegamento” da florada. “Gastamos mais grãos para compor uma saca. O café ficou mal granado, mais leve”, disse. Ele acrescentou que o problema também foi observado em outras regiões produtoras do país.
Apesar do cenário adverso, chuvas esporádicas registradas em maio e julho amenizaram o estresse hídrico das lavouras. De acordo com Stefani, as precipitações, embora de baixa intensidade, melhoraram o aspecto das plantas e sustentam a expectativa de uma safra mais favorável em 2026.

Imagem: Ty Oliveira
Com informações de Globo Rural