A Rainforest Alliance anunciou a criação de uma certificação de agricultura regenerativa direcionada, neste primeiro momento, à produção de café. O selo começou a ser adotado em fazendas no Brasil, México, Costa Rica e Nicarágua e deverá estampar os produtos a partir do próximo ano.
De acordo com a organização, o programa será estendido às lavouras de cacau, chá e frutas cítricas em 2026. “A certificação oferece aos produtores brasileiros não apenas um caminho claro para restaurar a saúde do solo e da biodiversidade, mas também acesso a mercados que valorizam práticas responsáveis”, destacou, em nota, Yuri Feres, diretor da Rainforest Alliance no Brasil.
Critérios e verificação
O novo padrão reúne exigências de agricultura sustentável com requisitos específicos de agricultura regenerativa, agrupados em cinco eixos: resiliência das culturas, saúde do solo, biodiversidade, conservação de ecossistemas e gestão de água, agroquímicos e meios de subsistência. Auditores independentes visitam periodicamente propriedades e empresas para checar o cumprimento das normas. Quando aprovadas, as fazendas podem utilizar o selo regenerativo da Rainforest Alliance nos produtos.
Contexto e números
A iniciativa chega em um período marcado por eventos climáticos extremos e degradação ambiental que comprometem a produtividade do café, especialmente entre os pequenos produtores, responsáveis por 70% da produção mundial. Segundo a entidade, práticas regenerativas podem elevar a renda agrícola de 20% a 30%.
Imagem: Divulgação
Em 2024, a Rainforest Alliance colaborou com quase oito milhões de produtores e trabalhadores, além de mais de 7.850 empresas. O selo tradicional da organização está presente em mais de 40 mil produtos. A meta é alcançar 100 milhões de produtores e trabalhadores até 2030.
Com informações de Globo Rural