O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que o Brasil produzirá 56,8 milhões de sacas de 60 kg de café em grão em 2025, o que corresponde a 3,4 milhões de toneladas. O volume previsto é 7% inferior ao registrado em 2024, quando foram colhidas 61,1 milhões de sacas.
O recuo é atribuído principalmente ao café arábica, impactado pela bienalidade negativa e por condições climáticas desfavoráveis no segundo semestre de 2024, como altas temperaturas e escassez de chuvas.
A produção de arábica deve atingir 37 milhões de sacas (2,2 milhões de toneladas) em 2025, redução de 12,5% frente às 42,3 milhões de sacas colhidas no ano anterior. Minas Gerais, responsável por cerca de 70% da safra nacional da variedade, tende a colher 25,7 milhões de sacas, retração de 7,5%. O IBGE aponta queda de 2,5% no rendimento médio, indicando grãos menos cheios e necessidade de mais unidades para compor cada saca de 60 kg.
Em sentido oposto, o café canephora (conilon) é projetado em 19,8 milhões de sacas (1,2 milhão de toneladas) para 2025, alta de 15,8% sobre as 17,1 milhões de sacas de 2024. Caso confirmado, será o maior volume da série histórica do instituto.

Imagem: Pixabay
O crescimento do conilon decorre de investimentos em tecnologia, adubação e manejo, além de clima favorável. O Espírito Santo permanece líder nacional da variedade, com previsão de 13,5 milhões de sacas, avanço de 20,8% e participação de 68,2% na safra do tipo. Na Bahia, a colheita deve aumentar 18%, alcançando 2,9 milhões de sacas, enquanto Rondônia tende a recuar 5,5%, totalizando 2,7 milhões de sacas.
Com informações de Canal Rural
