O Canal Rural Bahia estreou o projeto especial Cerrado Sem Fogo, que acompanha a atuação das brigadas do Corpo de Bombeiros da Bahia na contenção de incêndios florestais no segundo maior bioma do país.
No primeiro episódio, exibido às sextas-feiras antes do “Rural Notícias”, a reportagem mostra o dia a dia dos militares responsáveis por proteger fauna, flora, nascentes e comunidades afetadas pelo fogo. Outros três capítulos abordarão consequências ambientais, efeitos à saúde humana e impactos na produção agrícola.
Operação Florestal 2024
Dados da Operação Florestal 2024 indicam 212 dias de trabalho, com atendimento em 114 municípios e o combate a 1.099 focos de incêndio. No mesmo período foram realizadas 2.061 ações preventivas em todo o estado.
Em 2025, até 27 de agosto, a operação já havia registrado 1.730 ocorrências em 21 municípios e 49 ações de prevenção.
Desafios em campo
Segundo o comandante da operação, major Erick, a topografia, a vegetação e as condições meteorológicas dificultam o acesso às áreas atingidas. “A Bahia tem dimensões comparáveis às de um país, com diferentes biomas, o que exige equipes preparadas para diversas realidades”, afirmou.
Cada bombeiro carrega mochilas que podem ultrapassar 20 quilos, enfrenta temperaturas extremas durante o dia e frio à noite, além de terrenos irregulares. Atualmente cerca de 80 militares atuam nas bases florestais do Oeste baiano.
Municípios mais afetados
Barreiras lidera o número de ocorrências em 2024, com 123 registros, seguida por Juazeiro e Lençóis.
Imagem: Divulgação
Prejuízos e conscientização
Para o gerente de sustentabilidade da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Eneas Porto, a substituição do uso do fogo é viável graças às tecnologias disponíveis. “O fogo traz riscos não só para a atividade rural, mas também para a população”, observou.
As autoridades reforçam que a participação da sociedade é decisiva. Em caso de necessidade, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo número 193.
A série conta com o apoio da Aiba, da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e dos Sindicatos dos Produtores Rurais de Barreiras (SPRB) e Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM).
Com informações de Canal Rural
