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Setor aquícola aposta em rações funcionais para enfrentar aquecimento global

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São Paulo – Ondas de calor mais intensas e a queda do oxigênio dissolvido em rios e lagoas levaram a ADM a criar novos aditivos nutricionais para peixes e camarões. Em 18 meses de testes no Centro de Excelência Aquícola, em Aparecida do Taboado (MS), e no Vietnã, a companhia desenvolveu um mix de fitobióticos, ácidos orgânicos, leveduras e óleos essenciais capaz de manter o desempenho dos animais mesmo com variações bruscas de temperatura e baixa oxigenação.

Segundo Fabio Catunda, diretor de criação, design e desenvolvimento da ADM para a América Latina, a demanda dos produtores mudou. “Antes a preocupação era produzir sem agredir o ambiente; agora eles precisam de soluções que considerem as mudanças climáticas”, afirmou.

Menos antibiótico, mais prevenção

Outro desafio apontado por Catunda é reduzir o uso de antibióticos, cujo resíduo pode alterar a microbiota de rios. A estratégia inclui dietas que elevam a imunidade dos peixes com fitobióticos, leveduras e probióticos, especialmente após a vacinação, quando os animais sofrem estresse na transferência de tanque.

Camarões e lagostas

No mar, a elevação da temperatura e a mudança na salinidade também geram estresse. Para crustáceos, a empresa criou uma ração que favorece o equilíbrio osmótico, permitindo o crescimento em águas com salinidade muito alta ou muito baixa. O produto contém componentes que auxiliam na regulação iônica e liberam mais energia para o desenvolvimento dos camarões.

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Sabor de barro eliminado

Entre as inovações voltadas à qualidade do pescado, a ADM lançou uma dieta que impede a absorção de geosmina, toxina produzida por algas que confere gosto de terra à carne de peixe criado em ambientes com grande proliferação desses microrganismos.

Potencial de crescimento

Catunda considera a aquicultura a cadeia de proteína animal com maior espaço para expansão. Dados da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) mostram que a produção nacional de tilápia dobrou em dez anos: passou de 285 mil toneladas para 579 mil toneladas.

Com informações de Globo Rural

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