Mais de 17 milhões de hectares no Brasil já operam sob o modelo de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), segundo a Embrapa. A estratégia, que associa diferentes culturas na mesma área, vem sendo apontada como alternativa para elevar a produtividade, reduzir custos e atender a metas de sustentabilidade no agronegócio.
Produtividade com menor custo
A adoção de sistemas integrados diminui a necessidade de adubos e defensivos devido à reciclagem natural de nutrientes. Além disso, a presença de mais de uma atividade produtiva na mesma área gera receitas diversificadas, reduzindo a exposição do produtor às oscilações climáticas e de mercado.
Levantamentos da Embrapa indicam que o retorno sobre o investimento costuma ocorrer entre três e cinco anos, mesmo quando há necessidade de crédito rural ou financiamento para implantar a tecnologia.
Apoio técnico para pequenos e médios
Ainda há dúvidas entre agricultores de menor escala, por isso iniciativas como o programa Integra São Paulo oferecem capacitação. Desenvolvida em parceria com a Embrapa e a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), a ação leva equipes multidisciplinares às propriedades para avaliar viabilidade, sugerir manejos e acompanhar a implantação do sistema.
Benefícios ambientais
Além do ganho econômico, a ILPF contribui para:
Imagem: brapa
- Sequestro de carbono: áreas bem manejadas podem apresentar balanço negativo de emissões, removendo CO₂ da atmosfera;
- Efeito poupa-terra: o cultivo simultâneo de lavoura, pecuária e floresta reduz a demanda por novas áreas agrícolas;
- Uso racional de insumos: menor consumo de fertilizantes químicos e defensivos.
Esses resultados são considerados relevantes para as metas brasileiras de redução de gases de efeito estufa e para atender exigências de compradores internacionais que priorizam práticas sustentáveis.
Com a combinação de retorno financeiro e preservação ambiental, o sistema ILPF consolida-se como ferramenta de competitividade para o agro nacional.
Com informações de Canal Rural