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Soja brasileira amplia participação na China; preços internos avançam e negócios ganham fôlego

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A recuperação das cotações internacionais e a valorização do dólar frente ao real impulsionaram o mercado de soja no Brasil ao longo da semana terminada nesta sexta-feira (22). Segundo a consultoria Safras & Mercado, produtores aproveitaram parte da reação dos preços, mas passaram a adotar postura mais cautelosa, aguardando condições ainda melhores para novas negociações.

Preços sobem nas principais praças

No mercado físico, a saca de 60 quilos registrou elevação nos principais polos de comercialização:

Passo Fundo (RS): de R$ 131,00 para R$ 135,50
Cascavel (PR): de R$ 131,00 para R$ 138,00
Rondonópolis (MT): de R$ 120,00 para R$ 129,00
Porto de Paranaguá (PR): de R$ 136,00 para R$ 141,00

Chicago acompanha movimento

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o contrato novembro — o mais negociado — avançou 1,44% e era cotado na manhã de sexta-feira a US$ 10,57 ½ por bushel. Boa parte desse ganho veio do salto de cerca de 2% na quinta-feira (21), puxado pela alta de 5% nos preços do óleo de soja.

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Apesar do repique, analistas ainda veem tendência baixista para o mercado em Chicago. O crop tour da Profarmer, que divulga estimativas finais no fim da tarde de hoje, aponta bom potencial produtivo nos Estados Unidos, embora participantes avaliem que os números do Departamento de Agricultura (USDA) estejam inflados.

China amplia compras do Brasil

Dados alfandegários chineses mostram que as importações de soja originada no Brasil cresceram 13,9% em julho, totalizando 10,39 milhões de toneladas, contra 9,12 milhões no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, foram 42,26 milhões de toneladas — volume 3% menor que em 2024, mas ainda dominante na pauta chinesa.

Já as aquisições da China nos Estados Unidos alcançaram 420,874 mil toneladas em abril, recuo de 11,5% na comparação anual. No acumulado do ano, entretanto, as compras somam 16,57 milhões de toneladas, avanço de 31,2% sobre o período equivalente de 2023.

Pressão sobre produtores norte-americanos

Com a preferência chinesa pela oleaginosa brasileira, agricultores dos Estados Unidos solicitaram ao presidente Donald Trump que acelere um acordo comercial com Pequim. A American Soybean Association alerta para perdas bilionárias caso a falta de contratos antecipados persista. Na temporada 2023/24, a China respondeu por 54% das exportações norte-americanas de soja, que somaram US$ 13,2 bilhões.

As negociações seguem lentas no mercado disponível brasileiro, mas o câmbio favorável continua a dar suporte aos preços e a estimular vendas antecipadas.

Com informações de Canal Rural

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