Máquinas agrícolas equipadas com sensores, softwares de navegação e sistemas de piloto automático já executam tarefas com precisão de centímetros, ajustam rotas em tempo real e aplicam insumos conforme dados de solo e clima. Essa automação, longe de substituir profissionais, está transformando a rotina no campo e ampliando a demanda por mão de obra especializada.
Eficiência comprovada
Levantamento conduzido por uma pesquisadora da Embrapa em parceria com um professor da Universidade de São Paulo (USP) indica que soluções de agricultura de precisão podem reduzir em até 30% o uso de insumos e elevar a produtividade em mais de 20%, dependendo da cultura e do manejo adotado. A combinação de menor desperdício, aumento de rendimento e monitoramento contínuo reforça a tecnologia como caminho para ganhos ambientais e econômicos.
Novos perfis profissionais
A digitalização das operações abriu espaço para funções como operadores treinados em automação, profissionais de TI rural, técnicos de suporte remoto e engenheiros de campo. Em vez de cortes, o setor observa criação de vagas e a necessidade de atualização constante das equipes.
Integração e acessibilidade
Laboratórios de pesquisa e equipes de engenharia desenvolvem soluções interoperáveis, capazes de se conectar a diferentes máquinas, implementos e plataformas de gestão. Essa flexibilidade facilita o acesso à automação por produtores de diversos portes e regiões, respeitando particularidades locais.
Conhecimento de campo valorizado
Mesmo com o avanço dos sistemas autônomos, a operação agrícola continua dependente de decisões estratégicas e do conhecimento prático dos produtores. A automação libera tempo para análise de dados e planejamento, unindo experiência de campo à inteligência digital.
Imagem: Internet
Especialistas defendem investimentos em capacitação, expansão da conectividade rural e políticas de estímulo à inovação para que os benefícios da tecnologia embarcada se distribuam por toda a cadeia produtiva.
Com informações de Globo Rural
