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Tesouro prevê juros de um dígito em créditos para conversão de pastagens

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São Paulo – O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que parte das instituições financeiras habilitadas no segundo leilão do programa EcoInvest deverá oferecer financiamentos para a conversão de pastagens degradadas com taxas de juros abaixo de 10% ao ano.

Segundo Ceron, a concorrência entre dez bancos vencedores da disputa tende a pressionar os custos para baixo. “São dez instituições financeiras concorrendo pelo mesmo portfólio de projetos, o que deve apertar as taxas. Muitas devem entregar juros de um dígito ao tomador final”, declarou a jornalistas durante evento do Cubo Itaú, na São Paulo Climate Week.

Recursos e condições do leilão

O Tesouro disponibilizará R$ 16,5 bilhões em capital catalítico, com subsídio de 1% ao ano, capazes de alavancar até R$ 30,2 bilhões em crédito. Ao contrário do primeiro leilão, não houve teto para a taxa final ao produtor rural; porém, a alavancagem exigida — montante que os bancos precisam captar no mercado — foi reduzida para limitar a exposição ao custo financeiro.

No certame anterior, a demanda das instituições chegou a R$ 7 bilhões para oferecer R$ 45 bilhões em crédito. Agora, a taxa efetiva dependerá do nível de alavancagem apresentado por cada banco. “Alavancagens menores podem resultar em juros mais baixos, mas costumam financiar projetos mais simples”, explicou Ceron.

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Próximos passos

O governo espera que os primeiros contratos sejam assinados dentro de 30 dias e que os desembolsos comecem entre 45 e 60 dias. A prioridade de atendimento será para as instituições que prometeram maior volume de recursos adicionais.

Para Pedro Fernandes, diretor de agronegócios do Itaú BBA, nem todos os projetos alcançarão taxa de um dígito. “Com alavancagens mais altas, há desafio para manter o custo em um dígito. Em níveis menores, é possível”, afirmou. Ele acrescentou que, há 45 dias, a taxa pré-fixada de mercado era superior à atual.

Tesouro prevê juros de um dígito em créditos para conversão de pastagens - Imagem do artigo original

Imagem: Ministério da Fazenda via globorural.globo.com

Diversidade de projetos

Mais de 10% das propostas apresentadas envolvem reflorestamento de áreas degradadas, informou Ceron. Também há iniciativas voltadas a cadeias de biocombustíveis — entre elas o combustível sustentável de aviação (SAF) —, integração lavoura-pecuária e intensificação da pecuária.

Em relação aos biomas, o Cerrado concentrou a maior parte dos projetos; a Amazônia recebeu pouco mais de 10% da alocação; houve propostas para a Mata Atlântica; e a Caatinga atendeu ao mínimo de 10% dos recursos previsto pelo governo.

O custo médio por hectare varia entre as instituições, já que alguns projetos são mais estruturantes e demandam prazos maiores, enquanto outros têm execução mais simples.

Com informações de Globo Rural

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