A Yara, multinacional norueguesa do setor de fertilizantes, ampliou em US$ 40 milhões o orçamento destinado à expansão de sua área de bioinsumos. O novo aporte será usado integralmente na contratação de profissionais responsáveis por impulsionar a adoção de produtos biológicos no campo, informou a vice-presidente sênior global de inovação, Rejane Souza.
Segundo a executiva, 50% do montante ficará no Brasil. “Trata-se de uma venda técnica, que exige demonstração de resultados na cultura específica do agricultor”, explicou Souza, destacando que bioinsumos demandam abordagem diferente da comercialização de fertilizantes NPK.
Foco em demanda e capacitação
Os novos colaboradores atuarão na geração de demanda, oferecendo treinamento e suporte técnico a produtores rurais. A Yara entende que a compreensão do valor agregado dos biológicos é crucial para expandir o mercado.
Integração com fábrica no Reino Unido
O investimento adicional soma-se aos US$ 150 milhões já aplicados na construção de uma unidade de biológicos em Howden, no Reino Unido. Prevista para entrar em operação em 2026, a planta poderá produzir até 80 milhões de litros por ano.
No Brasil, a companhia mantém uma fábrica de bioinsumos em Sumaré (SP), que pode alcançar capacidade anual de 50 milhões de litros. De acordo com Souza, as duas unidades atendem à demanda global da empresa pelo menos até 2030. Após esse período, a Yara considera tanto ampliar sites existentes quanto avaliar fusões e aquisições.
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Pesquisa e desenvolvimento
A estratégia de inovação da Yara baseia-se em três pilares: bioinsumos, descarbonização da produção e saúde do solo. Parte da pesquisa é feita em parceria com startups e cerca de 100 universidades e centros de pesquisa ao redor do mundo — metade deles localizados no Brasil.
Com informações de Globo Rural
